O Dinheiro Não É o Seu Problema

Ep.15 Superando adversidades e seguindo em frente com fé: A jornada de Angela (Chris) McBride

Madeleine Strasburg

Tem uma pergunta? Mande para mim. 📨

No episódio dessa semana, temos uma conversa inspiradora com Angela (Chris) McBride. Ela compartilha como superou as dificuldades da infância e adolescência, usando essas experiências como lições para transformar sua vida e a de sua família.

Descubra como Chris, uma fotógrafa talentosa e proprietária da loja Via Brazil em Orem, Utah, encontrou motivação em seu passado para alcançar seus objetivos. Se você está procurando um impulso para seguir em frente e alcançar seus sonhos, não perca este episódio.

Para saber mais sobre Chris e sua jornada, entre em contato com ela através do Instagram @Chrisangelphotographer, no Facebook Via Brazil e também no Instagram @viabrazil.store. Além disso, você pode contatá-la via WhatsApp através da loja Via Brazil.
 
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Orador 1
Olá.

Orador 2
Pessoal, aqui é a Madeleine do Strasburg Coaching e vocês estão ouvindo o podcast "O Dinheiro Não É O Seu Problema". Eu uso o que mais amo, minha fé suje, o bom senso do plano do Dave Ramsey e as ferramentas de coaching pessoal da Brooke Castillo para ajudá los a identificar e superar os verdadeiros problemas de saúde. E os verdadeiros problemas por trás de seus reveses financeiros.

Orador 2
Fala aí, Furiosos! Estamos aqui para mais uma edição do Dinheiro Não É O Seu Problema Podcast. Eu tenho uma convidada muito especial hoje e eu vou deixá-la se apresentar para vocês.

Orador 1
Aqui é a Angela McBride, 51 anos, sou fotógrafa, empresária também. Tenho uma empresa, uma loja brasileira aqui nos Estados Unidos.

Orador 2
Como é que chama a loja? Via Brasil. Ah, todo mundo vai na Via Brasil para comprar os ovos de Páscoa que acabou de.

Orador 1
Passar, né? Não é só ovo de Páscoa, é farofa, quimilho, carne seca.

Orador 2
Tudo de bom. Brigadeiro, pão de queijo, coxinha. A coxinha já tá congelada, é só levar, pôr no air fryer, acabou. Acabou os problemas. Uma maravilha. E fala aí, quantos filhos você tem?

Orador 1
Tenho seis filhos. As minhas duas primeiras filhas já estão casadas. Fizeram missão, foi a coisa mais maravilhosa.

Orador 2
Pra minha vida. Você também fez.

Orador 1
Missão, né? Eu também fiz missão.

Orador 2
Eu.

Orador 1
Fiz missão em Minas Gerais. Em 1992.

Orador 2
Ah.

Orador 1
É? Aham, eles moram de Minas?

Orador 2
Aham.

Orador 1
Horizonte.

Orador 2
Que legal. Legal mesmo, né? Então, elas fizeram missão, você tem três meninos, isso?

Orador 1
É, tenho três meninas e três meninos.

Orador 2
Certo. Ah, tem a Agnes, né? É, tem a Agnes. A Agnes é a minha.

Orador 1
Princesinha, né? Inteligentíssima. Tá no último ano?

Orador 2
Não, tá no penúltimo.

Orador 2
Penúltimo ano do colegial, do high school, né?

Orador 1
É, tem mais uma.

Orador 2
E aí você tem.

Orador 1
Os meninos? Tem os meninos que... Os meus bananinha, né? Eu amo.

Orador 2
De fazer isso. Tem os gêmeos.

Orador 1
E tem o Antônio. O Antônio já tá com 18, 19, agora ele fez. E tá morando com o pai dele. E os meninos moram aqui comigo, né? E a Agnes também mora.

Orador 2
Aqui comigo. Já, já.

Orador 1
É, eles são maravilhosos, né? São uns fofos.

Orador 2
[cris] Eu tenho, né?

Orador 1
[cris] Muito fofo! [cris] E o meu pai, que criança maravilhosa.

Orador 1
Nossa.

Orador 2
Meninos. Não existe.

Orador 1
Coisa melhor, né? Porque o dinheiro, ele ajuda em todas as coisas, todas as formas. Não adianta a gente falar que não. Que o dinheiro não é a felicidade, não. Mas o dinheiro pode nos ajudar a fazer muitas coisas. A fazer caridade para os outros. A ajudar as outras pessoas a crescerem. Pode te ajudar em você ter mais tempo com sua família. A felicidade não, não é a felicidade, mas pode te ajudar a trazer coisas boas na sua vida e felicidade também.

Orador 2
Sim, é uma ferramenta, né? É uma.

Orador 1
Ferramenta, exatamente. Vem usar.

Orador 2
Do mesmo jeito que você não usar a ferramenta direito, ela pode trazer coisas negativas.

Orador 1
Pra você, né? Exatamente. Por que.

Orador 2
Você acha que as pessoas não gostam de falar sobre dinheiro?

Orador 1
Porque dinheiro, assim, é uma metáfora. Por que que acontece? O dinheiro ou ele te destrói ou ele te constrói, né? Não é para o dinheiro não. O que que acontece? O dinheiro, se você sabe usar, ok. Se você não sabe usar, não é nossa. Você se enfia num...

Orador 2
Num monte de.

Orador 1
Buraco, né? É, num ninho de rato, assim, porque você não tem saída. Mas eu acho que é por isso. As pessoas não gostam de falar por causa disso, porque não sabem como utilizar o dinheiro. E muitas vezes eu também não soube utilizar o dinheiro. E aí eu tô aprendendo até hoje como utilizar o dinheiro, como fazer o dinheiro trabalhar pra mim, porque não.

Orador 2
É fácil. Sim, é verdade. A gente precisa aprender, né? Porque é uma coisa que toca todas as partes da.

Orador 1
Nossa vida. Exatamente.

Orador 2
Então vamos, vamos voltar lá atrás, tá bom? Vamos voltar lá na sua infância e você no momento em que você estava crescendo. Conta pra gente um pouquinho como é que a sua família encarava o dinheiro e como isso afetou como você pensa sobre, pensava sobre dinheiro naquela época.

Orador 1
Eu não vim de uma família rica. A minha infância ela foi forjada em cima da igreja, né? Dentro do evangelho. Então não tinha, não tinha uma estrutura familiar de grana, assim, desse tipo de coisa. Não tinha uma estrutura dessa maneira. Minha família não teve, sim, pessoas, não posso dizer que minha família teve pessoas "ah, tal pessoa era rica, tal pessoa teve sucesso nisso, tal pessoa..." Não tive essa referência. Eu não tinha uma referência, entendeu? Pra puxar e pra falar "eu vou seguir essa pessoa porque essa pessoa é bem sucedida e eu quero ser igual a ela". Nunca tive, entende? Então, O que eu tive, e que foi muito legal, foi a história do meu avô, que meu avô era médico na Índia. Puxa! E aí ele veio pro Brasil com as mães, né? [cris] Não sou assim! [risos] [MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] [MÚSICA] Ah, e é isso, porque ele teve que fugir de alguma coisa lá. E tem até uma história que meu irmão vai me mandar, até falei que meu irmão mandava. Ele tem o recorte do jornal quando eles chegaram e tudo contando a história dele. Mas, só isso que eu tenho, mas já foi uma grande coisa pra mim.

Orador 2
Lógico, eu sabia.

Orador 1
Porque eu tive um avô que era médico, né? Incoerente, né? Uma coisa que é alguma coisa. Mas a minha família sempre foi muito pobre. Sempre teve que trabalhar muito, sabe? E sempre teve tudo que foi muito difícil. Minha mãe, quando se casou com meu pai, tinha seis filhos, sabe? Então morava em lugares precários, lá no Rio Grande do Sul. Meu pai era... Veio da Espanha, fugido da guerra. Ele e o irmão dele, quer dizer, outros dois estambados, e vieram pra cá, foram pro Brasil. Os dois foram pro Brasil e um ficou na Bahia e o outro aportou no Rio Grande do Sul, né? Meu pai. Então, conheceu a minha mãe, se casou com ela, mas ela já tinha seis filhos, né? E aí eu nasci. Então, tudo assim, no meio daquelas bagunças todas e tudo. Minha mãe era uma mulher muito simples, mas era uma mulher que gostava das coisas muito limpas, muito arrumada, organizada. Não tenho muita lembrança da minha mãe, porque ela morreu quando eu tinha seis anos de idade. E aí, então, eu fiquei sozinha, né? O meu pai tinha que trabalhar, ele era capitão de máquinas da marinha mercante naquela época.

Orador 1
Então ele ficava em alto mar por quinze dias e vinha pra casa e ficava uma semana. Ia pro mar quinze dias e ia pra casa e ficava uma semana. Então eu não podia porque era seis anos. Eu ficava então de casa em casa dos irmãos da igreja. Puxa vida! Ele conheceu a Rosana, né? Conheceu a minha madrasta. Ela fez missão lá no Rio Grande do Sul. Eles se conheceram e depois que ela foi embora, e ela saiu da missão, aí ele buscou ela pra ela poder se casar com ele.

Orador 2
Quantos filhos estavam todos juntos nessa vida?

Orador 1
Todos juntos. Ele criou todos. Seis. Comigo sete.

Orador 2
Com você sete. Ele criou todos. Ele teve mais filhos com a Rosana? Teve onze.

Orador 2
Com a Rosana?

Orador 1
Eu.

Orador 2
Sabia que era uma família grande, não sabia.

Orador 1
Que ele tinha onze. Ele teve onze filhos. E aí eu acabei dando uma estrutura também pra eles, porque eu acabava ajudando muito. Eles resolveram ir pra São Paulo, né? Foi isso. Meu pai e a Rosana foram trabalhar na feira, que foi uma das coisas boas, né? Eles cobriram umas receitas de linguiça, fez linguiça em casa. Eu descascava umas bacias... Eu descascava umas bacias destas. Você lembra daquelas bacias de alumínio? Deste tamanho, que as crianças tomavam banho, aquelas crianças pobres, na rua tomavam banho. Eu descascava aquilo inteiro de alho. Minhas mãos se cortavam todas. E tanto alho que eu descassava.

Orador 1
Nossa! É, pra poder fazer os temperos pra linguiça. E foi, ele se deu bem, eles se deram bem fazendo isso. A Rosana era contadora, já era formada contadora, ela foi um grande exemplo pra mim, a parte de estrutura financeira, Ela sempre foi um grande exemplo porque ela nunca parou de estudar. Ela nunca parou de estudar. Ela sempre foi uma pessoa muito pobre. Eles passaram fome. Eu nunca me lembro de ter passado fome na minha vida. Mas ela sim, eles passaram fome, então pra ela foi pior. Assim, eu vejo ela como uma... Acho que a primeira parte financeira, referência financeira, sei lá, um degrauzinho pra subida foi ela, de exemplo. De olhar e falar assim, bom, pra você conseguir dinheiro você tem que ter estudo e tem que saber alguma coisa, tem que se profissionalizar em alguma coisa, alguma coisa você tem que fazer, você não pode ser um perdido, entendeu? Que você fica, o que eu vou fazer? Eu faço tudo. Qual é a sua profissão? Ah, eu faço o que você quiser, não existe. Não existe. Você pode até ser um bom bril, como fala, né? É, miúdo, motineu. É, motinidade. Pode ser, mas você tem que ter uma coisa específica que você é bom.

Orador 2
Você tem que ter isso.

Orador 1
Eu sempre tive isso na minha cabeça. Eu tenho que ter, mas eu era perdida na vida.

Orador 2
Eu não sabia. Foi difícil, né? O momento de criação foi difícil, né?

Orador 1
Uma experiência... E aí começaram a ver os filhos dela, ela deu muita atenção para os filhos dela, que é normal. Entendeu? E eu fui ficando de lado. Eu não fui assim, tipo, "Ai, Cris, vem aqui, vamos fazer esse curso, vem aqui, vai ser legal pra você". Você acha disso? Nunca tive isso. Nunca. Zero. Tudo o que eu comecei a pensar por mim mesma. Partiu de você mesmo? Partiu de mim. Eu nunca tive um empurro.

Orador 2
Sabe empurrão?

Orador 1
Mentor, alguma coisa assim. Eu nunca tive. Eu era Deus mesmo, cara. Senhor que ia me empurrando. Ou conseguir alguma coisa. Pra escola, sozinha. Não tinha amigos, porque eu me vestia muito mal. Eu só tinha duas gavetas de roupa. Pobre, pobre de uma RGC. E não tinha amigos, porque se você não tem alguma coisa que chama atenção, as pessoas não vêm pra você. Não vem. Entende? Então, eu sempre fui muito pobre mesmo. Lá no canto, né? E tudo mais. Mas essa foi a minha... Infância. Infância. De dinheiro, quanto à referência de pessoa pra dinheiro, a única pessoa que eu tive assim de pensar que poderia ter uma a luz na vida era a Rosana, né? E ela estudava e tudo mais, foi advogada, se formou advogada, que isso assim foi uma coisa assim maravilhosa. É verdade. Ela se formou advogada com as crianças nas tetas, né? Nos peitos. Ia pra faculdade dando de mermá com as crianças. Pinho, cara, você vai lá.

Orador 2
De soco, sabe?

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É mesmo, né? Difícil, né? Difícil. Hoje ela tem um baita de... É superação, né? É superação. Hoje ela tem um baita de escritório de contabilidade e advocacia, entendeu? Ela vai para vários lugares do Brasil fazer os negócios, as audiências e tudo mais. Então isso para mim foi assim.

Orador 2
Um sucesso. E continua sendo um bom exemplo, porque.

Orador 1
Ela nunca parou. Nunca teve várias cirurgias, teve vários problemas de saúde. Meu pai faleceu e ela continua. E você vê que coisa, todos os filhos dela são bem sustentidos. Tem suas coisas, cada um tem o seu negócio.

Orador 2
De certa maneira você também aprendeu isso. Eu aprendi. Você viu e carregou isso com você.

Orador 1
Exatamente.

Orador 2
E carreguei comigo. Isso é muito legal porque às vezes a gente tem essas pessoas na nossa vida e mesmo que você não tenha tido alguém que te deu a mão e carregou junto, você viu que ela não tinha ninguém que carregou, que deu a.

Orador 1
Mão pra ela. Ninguém, exatamente, foi.

Orador 2
Então você viu.

Orador 1
Que podia ser feito. Exatamente. Também vem muito do interior, né?

Orador 2
É a essência que a.

Orador 1
Gente tem, né? Exato, exato. Porque quando eu penso assim, a minha infância foi tocar num lugar sujo, num lugar que não era limpo, sabe? Sem roupas. As tias da escola pegavam meu avental pra costurar a madeleine. É mesmo? É, entende? Então era uma coisa assim que naquela época eu não entendi muito bem. Mas hoje, meu pai, isso é uma humilhação total. É, né? Humilhação total. A tia da escola tinha tanta pena, entendeu, que elas pegavam, costuravam os botão, costurava os bolsos, às vezes rasgavam, sabe?

Orador 2
Porque sabia que você.

Orador 1
Não tinha o braço. Exatamente, que eu não tinha mãe, né? E a Rosana tava sempre trabalhando junto com o meu pai, então, quer dizer, e também quando não é mãe, não é. Eu não culpo ela por nada disso, sabe? Não tem mágoa nenhuma disso.

Orador 2
Então, você viu o exemplo dela. Exato, entendeu? Você sabia.

Orador 1
O seu lugar com ela. Exatamente, eu sabia até onde ela podia. Eu não sabia naquela época, mas hoje, entende? Não tem nem o trauma assim disso. Não, não tem nenhum trauma sobre isso, sabe? Foi só a questão do que o senhor me colocou aqui. Você é capaz de sobrepujar isso daí? Vai, vai. E eu fui, entendeu? Continuei. Mas não tem nenhum trauma contra a Rosana, porque ela fez o que ela fez. Ela pôde o melhor dela, mas o exemplo dela ficou.

Orador 2
Que bom, né? Porque isso carrega. E hoje em dia você ainda vê esse exemplo dela na sua vida? Eu vejo, ainda continuo.

Orador 1
Ainda continuo, sim. A coisa assim, por exemplo, né? Ela falava muito bem, sabe? Dava muitas boas aulas. Foi o que me fez fazer curso de oratória. Entendeu? Na minha juventude. Porque eu queria saber falar que nem ela, entende? Queria saber me expressar que nem ela. E isso foi muito bom, porque quando fui pra missão eu sabia, entendeu?

Orador 2
Como falar.

Orador 1
Como interagir com as pessoas e tudo mais. Como convencer as pessoas do que era e o que não era. Então foi uma coisa muito boa, né? E também foi bom pra mim, né?

Orador 2
Lógico, que bom, né? E tem alguma coisa do seu passado que você teve que fazer as pazes? E como que você fez isso.

Orador 1
Se teve? Que eu tive que fazer as pazes?

Orador 2
É, que você teve que aprender a aceitar que o passado ficou pra trás.

Orador 1
Eu me formei fotógrafa, fiz faculdade de fotografia no Brasil, me formei fotógrafa. Até tentei, fiz um ano de advocacia, mas acabei não tendo dinheiro pra isso, não dei continuidade. Mas a fotografia ficou. Era uma faculdade pequena, né? Não muito longa, não era tão claro, né? E eu consegui fazer a fotografia, mas eu amava já a fotografia, sempre amei. E esse lado de artes, né? Eu já já veio comigo, me dá bem, porque acabei me dando bem na fotografia. Então, quando eu comecei, quando eu fiz a fotografia, eu comecei então a fotografia E aí fotografia minha vida. Eu fiz um estúdio, aí depois eu fechei esse estúdio porque eu mudei pra São Roque. Aí lá em São Roque eu abri outro estúdio e depois eu acabei abrindo um estúdio junto com o escritório da minha madrasta, né? Que tinha uma sala lá que ninguém usava. Eu falei, meu, deixa eu usar aqui então. Usei lá. E aí eu comecei a ir pra São Paulo, né? Sempre era uma hora pra ir, uma hora pra voltar. Mas sempre ia pra poder ir para o meu estúdio e tal, não sei o que lá. Eu tive uma coisa ruim, muito ruim, que eu tive uma das minhas irmãs, né, que trabalhava comigo e ela curtiu um card meu, sabe?

Orador 1
E numa época assim que a gente tava trabalhando bem, sabe? Junto e tudo mais Eu fiquei bem chateada, fiquei triste pra caramba, sabe?

Orador 2
Isso me deixou chorar... Tinha alguma coisa dentro do card?

Orador 1
Todas as fotos do meu filho, do batismo do meu filho, sabe? Essa foi uma coisa assim que marcou e eu cortei relações com ela, né? Mas antes disso, ela já tinha feito uma outra coisa comigo, sabe? Porque nós éramos sócias nessa empresa Ela na parte de filmagem e eu na parte de fotografia. A gente fez o Groupon. E eu ganhei muito dinheiro no Groupon. Muito dinheiro no Groupon. E clientes também, né? Lógico. E eu deixei toda a parte financeira com ela. E eu não vi nada do dinheiro. Então essas duas coisas assim me deixaram assim, acabada. Porque eu gostava muito dela, eu tinha uma afeição muito grande.

Orador 2
Por ela.

Orador 1
A dor, essa mágoa, e tal. Então, eu fui pra ela e pedi desculpas pra ela se eu tinha feito alguma coisa errada, se eu tinha magoado ela, nananã. Até eu pedi pra ela, falei assim, olha, a única coisa que eu gostaria de você, que você falasse a verdade pro pai e pra mãe, né, que eu sempre chamei a Rosana de mãe. E ela disse que não, que não ia falar. E ainda assim eu falei "Ok, tá bom, deixa.

Orador 2
Pra lá. Vai ser com.

Orador 1
Ela, né? É, vai ser com ela. Mas essa foi assim, uma das coisas assim que mais me quebrou no meio, né? Na parte financeira. Porque foi uma época que eu tava me levantando, então eu fiquei desanimada pra fotografia. Eu deixei de fotografar por dois anos, no entanto disso, o Sami. Foi um baque pra mim. Foi, foi um baque, mas depois eu recomecei, né?

Orador 2
Recomecei e foi. É interessante que o seu recomeço foi depois de você ter acertado as coisas com.

Orador 1
Ela, né? Ah, foi. Exato.

Orador 2
Foi exatamente. Tirou aquela mágoa do seu coração e aí você pode voltar pra.

Orador 1
Sua arte. Exato. Exato.

Orador 2
Que bom, né? Às vezes a gente tem que olhar pra trás, né? Pra ver essas coisas e pensar "puxa, foi o tempo certinho, né?".

Orador 1
E tem que arrancar, né? Tem que arrancar do coração, porque senão.

Orador 2
Não dá. Aprender mais.

Orador 1
Sobre o dinheiro? A primeira coisa que eu fiz foi ler aquele livro "Segredamente bilionária".

Orador 1
Eu li aquele livro. Acho que eu li umas duas vezes. E às vezes eu ficava assim "meu, isso não funciona pra mim, isso não funciona pra mim, isso não tinha funcionado totalmente pra mim. Mas me ajudou, entendeu? Me ajudou muito. Como saber como guardar dinheiro, como dividir o dinheiro, como ter partes pro dinheiro. Eu sabia tudo, mesmo que eu não tava fazendo, mas eu sabia que eu tinha que fazer aquilo. Mesmo que eu tivesse 10 reais, entendeu? Mas eu sabia que tinha que estar ali naquela partezinha, sabe? E assim, foi esse livro que.

Orador 2
Me deu.

Orador 1
Um degrau assim, pra subir, que eu falei "meu, não quero ficar na pobreza".

Orador 2
Foi uma.

Orador 1
Plataforma, né? É, eu não quero trabalhar toda minha vida escrava. Apesar que eu trabalho toda minha vida, são 50 anos. Mas é porque você gosta de trabalhar eu gosto, eu acho que o dia que eu parar de trabalhar, aí eu vou morrer eu acho que eu vou eu acho, eu tava falando pra minha filha, eu falo assim, eu acho que um dia eu vou ter que parar um pouco mas e não totalmente, eu acho que eu vou ter que sempre ter coisas pra fazer porque se não eu.

Orador 2
Acho que eu vou... Definhar.

Orador 1
Eu vou.

Orador 2
Bom, então agora como é que mudou essa sua experiência, como ela mudou em relação, como você ensina o seu Muito, muito.

Orador 1
Os meus filhos, todos, começaram a trabalhar comigo muito cedo. Acho que porque eu eu não tinha mãe. Então eu morria de medo de morrer e deixar meus filhos sem nada. E eles não saberem fazer nada. Não saberem fazer nada. Como eu, toda.

Orador 2
Minha.

Orador 1
Vida. Eu fiquei totalmente perdida porque eu não sabia fazer nada. Eu não sabia pra onde ir, pra direita, pra esquerda, pra onde eu vou, pra onde eu vou remar. Você sabe aquela canoa? Quando você entra numa canoa, você tem dois lemes ali, né? Se alguém não te ensinar como remar, você vai ficar dando o golpe. Fica em círculo, exatamente. Eu fui agora pra Bahia com o Joe e nós fomos na canoa.

Orador 2
Aí, eu... Você e o Gabriel? Eu falei.

Orador 1
Assim, assim... Se ele não me ensinasse, a gente tá... Eu tô indo pra um lado e.

Orador 2
Eu tô indo pro outro, entendeu?

Orador 1
E aí, imagina, ele me ensinou e rapidinho eu aprendi e rapidinho a gente foi pro nosso destino.

Orador 2
Agora.

Orador 1
Minha vida inteira não tinha destino, não tinha quem me ensinasse. Então por isso que às vezes eu faço muitas coisas e quero fazer. Por exemplo, agora eu tô já começando a abrir outra empresa. Vou começar outra empresa. E é uma empresa que eu sei que vai vir dinheiro, entendeu? Não me importo o que os outros pensam, o que os outros acham, não me importo. Então eu vou ter duas empresas. Não vou ganhar muito, não quero ganhar muito porque eu já tenho a Via Brasil, já tenho a fotografia, mas eu vou abrir outra empresa que vai me trazer um dinheiro extra, entendeu? E aí, por quê? Porque eu não consigo parar.

Orador 2
É muito difícil pra mim me concentrar. Você tem um novo projeto e esses projetos trazem pra gente um crescimento, né?

Orador 2
Exatamente. E eu lembro sempre das.

Orador 1
Coisas que é muito difícil pra mim. Porque eu preciso... Quando eu começo, eu falo "meu, eu tava lavando a louça, parei a louça, já fui lavar o banheiro, fui lavar a roupa". Entende? Eu falo "eu tenho que me focar nisso". Isso também é uma coisa difícil. Sim. É prática, né? É a prática.

Orador 2
E a ajuda médica também.

Orador 1
Pode ajudar. É, eu sabia. Eu tenho uma coisa que eu faço, que é a lista, sabe? Daquelas coisas que... E te ajuda. Exato. A lista, então eu tenho que seguir a lista. Então eu sempre ponho no meu celular "me relembre, Ciri, me relembre de fazer tal coisa, tal hora. Me relembre de fazer tal coisa e aí eu vou clicando tudo que eu já fiz, entendeu? Antes era papel, né?

Orador 1
No começo eu comecei aqui, aí depois foi no papel, uma agenda, eu tenho milhares de agendas, até guardei algumas. Aí depois, agora é o celular, né? Que a gente já tem o celular.

Orador 2
Certo. Bom, e aí? Então você começou a ensinar lá desde pequenos eles e depois você mudou aqui para os Estados Unidos.

Orador 1
E aí? Continuou isso? Continuei, continuei. Eles precisavam aprender a trabalhar. Porque trabalhar e ganhar. E sempre paguei. Sempre paguei meus filhos para trabalhar. Meus meninos trabalham na loja, eles recebem. A Agnes trabalha, ela recebe. Todos trabalham, recebem. Então... Tem que ter, tem que ter isso. E também de guardar o dinheiro, de pagar o dízimo. Tudo isso tem que ser ensinado. A gente tem que falar. Eles precisam ter responsabilidade desde pequeno.

Orador 2
E depois, você solta eles no mundo e eles não sabem fazer nada, né? E aí não sabem lidar com o dinheiro. Enquanto eles estavam em casa, né? E estão em casa, você tem aquela oportunidade que eles fazem alguma coisa e dá pra conversar, explicar.

Orador 1
Como é e tal, né? O legal é quando eles compram as coisas deles. E aí eles compram o teclado. E eles compram mouse. Eles compram... Sei lá, até com... O meu menino comprou um.

Orador 2
Aquele óculos que não tem... Ah, o VR, né? É.

Orador 1
E o negócio que fica jogando, né? Virtual. Virtual. Então... Ele que comprou com o próprio dinheirinho dele. Entende? Ele guardou, sabe? E isso é muito importante. Acho que é uma das partes mais.

Orador 2
Importantes, né? E me fala então, já que você ensinou eles a lidarem com o dinheiro, quando eles não fazem alguma decisão financeira que você não concorda ou eles vão contra algo que você ensinou, como você lida com isso?

Orador 1
Para uma, mandando dinheiro para a outra, mandando dinheiro para a gasolina, eu não consigo, não consigo. Mas você conversa. Mas eu converso, eu converso, eu tenho que conversar, eu tenho que falar, você precisa distribuir seu dinheiro melhor, você ganha tanto, você tem que deixar dinheiro para a sua gasolina, você tem que deixar dinheiro para a sua faculdade, você precisa se concentrar. A mesma coisa a Agnes, né? Ela agora tem o carrinho dela, acabou de pegar o carro dela. Que legal. Então eu dei o primeiro empurrão, eu falei olha vai tá no meu nome no meu nome o carro, vou fazer o contrato no meu nome e vou pagar a primeira prestação pra você, a segunda vai ser você, você tem que se virar, a segunda vai ser você. Segunda parcela. E o seguro você que tem que pagar. Ela já correu para o outro, entendeu? Porque a primeira eu fiz, mas a segunda ela tinha que fazer.

Orador 2
E se ela já está preparada e já aguarda para esse mês, né?

Orador 1
Então ela já está um passo à frente. E aí ela vai aprendendo. Por quê? Porque ela... "Ai, mas agora tem a gasolina!" E a gasolina... Ela ainda não sabe como funciona a gasolina, quanto que.

Orador 2
Significa, e.

Orador 1
Não sei o que significa. Então ela vai aprendendo. Então isso é bom.

Orador 2
Ela mora aqui com vocês?

Orador 1
Ela.

Orador 2
Mora aqui.

Orador 1
Certo, então é bom, né? E vai estudar em hora. Aí ela já estava pensando "Não sei se eu vou estudar em hora o ano que vem, porque tem muito gasolina." Aí eu...

Orador 2
"hum..." Assim que.

Orador 1
As coisas, né? Existem coisas que você vai ter que deixar pra trás, você gosta muito, vai ter que deixar pra trás porque você tem dinheiro suficiente, você tem que aprender como ganhar dinheiro. Mais dinheiro pra fazer aquilo. Exatamente. E é importante.

Orador 2
Também porque ela está fazendo essa decisão, ela está tomando a decisão. Exato. A consequência natural das coisas está ensinando ela. Então não é você que é chato, que está falando "você vai ter que mudar de escola porque você não tem dinheiro para a gasolina". Exato. Ela mesmo está aprendendo e tomando a decisão. Então é muito legal. É um jeito bom de ser pai e mãe, né? Deixar as consequências virem e deixar eles decidirem sozinhos. Exatamente. É o que você aprendeu. Que legal então esse negócio de você ensinar seus filhos desde pequenininho faz mesmo a diferença, né? Porque eles vão carregar isso com eles pro futuro e ensinar os filhos deles, né? Sobre dinheiro e tal. Você vê a Águeda que tem galinhas, né? Ela deve ter até feito um dinheirinho com os ovos das galinhas lá. É, ela tem.

Orador 1
Galinhas lá, né? É, nossa. Ela tem galinhas lá. Mas a Águeda também, que agora ela tá com bebê, não. E a Águeda tá aprendendo. Sim, sim, sim.

Orador 2
No Missael. Tá sentando, eu tô pensando que é a Agatha aprendendo! A Águeda tá aprendendo. Como é que eu tô aprendendo isso?

Orador 1
É, de Águeda. Águeda, é tudo parecido. A Guega. A Guega. A Guega, ela tem o Missael. Então, ela ainda, agora ela tá aprendendo como ser mãe, né? Como ser esposa e tudo, tirando o anão da cultura. É muito difícil, Madeleine. Deixa, gente, meios.

Orador 2
Onza, deixa. Então, ela ainda tá aprendendo.

Orador 1
Ela tá aprendendo a ser mãe, mas ela já tem projetos. Ela tem um projeto de fazer uma granola. Ah, que legal! E ela começou até a vender algumas granolas e tudo mais, né? Mas é um produto diferenciado e que demanda de ir de boca em boca ou ir num comércio ou feira. Exato. E tem que batalhar até pegar, entendeu? E são coisas que é assim, você não pode desistir, não pode.

Orador 2
Só fracasso é quem desiste, né?

Orador 1
Exatamente. Vai ter altos e baixos, vai ter maré te dando banho, vai, mas você tem que subir. Bobe nada e vai continuando.

Orador 2
Que legal. Isso é muito legal, né? Que você plantou essa sementinha de ser empreendedora nela, né?

Orador 1
Ah, sim! Isso é bem legal. Já a Agatha, não. Ela não quer.

Orador 2
Não é.

Orador 1
De cada um, né? Não quer. Ela não quer. Ela fala "não, eu quero trabalhar de segunda a sexta ir pra casa dormir, passear, não quero ter dor de cabeça, porque quem é um empreendedor sabe que vai ter, que vai viajar, mas vai ter que estar ali, ó, no celular, trabalhando alguma hora, porque você é.

Orador 2
Responsável por aqui. E a sua cabeça não desliga, né? Não desliga. Quando o negócio é seu.

Orador 1
Exatamente, não desliga.

Orador 2
Bom, e como você, hoje em dia, você continua se aperfeiçoando ou procurando oportunidades pra aprender sobre.

Orador 1
As finanças? É, hoje em dia, eu ainda continuo, aprendendo muito. Esse ano foi um aprendizado muito grande para mim. Bom, eu abria a Via Brasil sozinha, né? E construía a Via Brasil sozinha. Com dinheiro da fotografia, eu ia comprando coisas para a Via Brasil. E não era fácil, mas tipo, por exemplo, quais os fornecedores? Onde achar? Eu aprendi sozinha. Não, não aprendi ainda não. Não? Não.

Orador 2
Temos que.

Orador 1
Conversar então. Poxa, vamos.

Orador 2
Fazer um curso então.

Orador 1
Vamos. Por que que acontece? Tudo esse tipo de coisa, eu tive que tirar de mim e colocar pra alguém, um contador, para fazer esse tipo de coisa para mim. Entende? Porque eu não sabia. A lei é totalmente diferente. Mas já no Brasil não fazia, quem fazia era a Rosana. Entendeu? Então, olha só que coisa, né? E aqui, no ano passado, o meu imposto deu 10 mil. E eu me casei com o John, faz um ano. Ele falou "Deixa eu ver isso daqui". Começou a ver e vasculhar. Falou "Isso aqui não pode ser. É errado". Só de ele olhar os números, ele falou "Isso tá errado". E aí ele brigou, brigou com o contador. O contador não achou o erro, mas ele achou o erro. Meu imposto diminuiu.

Orador 2
5.

Orador 1
Mil. Nossa! Mentir, Madeleine. Olha que coisa. Então muita coisa eu tô aprendendo agora. Porque ele me ensinou na parte, por exemplo, das contas, né? Isso daqui você joga pra conta. Isso daqui você joga pra sua pessoal conta. Isso você não pode usar aqui, você tem que usar aqui. Isso eu aprendi.

Orador 2
Com ele.

Orador 1
Tá aprendendo agora, né? Agora, porque a nossa vida aqui é diferente da vida no Brasil. No Brasil vai de qualquer jeito, lá, entendeu?

Orador 2
Dá uns jeitinhos.

Orador 1
Dá uns jeitinhos aqui, não. Aqui você tem que colocar e você tem que fazer aquele bookkeeping, né? Tem que fazer tudo aquilo, tudo isso ele tá me ensinando a fazer.

Orador 2
É manter direitinho, né? Os livros em dia pra não ter nenhuma surpresa, né?

Orador 1
Exatamente. E ele faz todo mês. Todo mês ele pega as contas e vai lá. Tudo. Cartões de crédito, Venmo, Zell, não sei o que lá, mas não sei o que lá. Tudo. Tem que bater tudo. Ele faz isso. Eu não faço. Mas ele faz pra mim. Já é uma coisa boa. São talentos diferentes, né?

Orador 2
Às vezes a gente tem talentos diferentes, então uma pessoa é aquela pessoa que é mais.

Orador 1
Administradora.

Orador 2
Né? Exato, eu não sou. Aquela mais ligada nos.

Orador 1
Detalhes, assim. Tanto é que o ano passado eu quase levei a minha empresa à falência por causa disso. Porque eu fiz compras demais.

Orador 2
Numa.

Orador 1
Época que eu não podia ter feito as compras. Mel, eu sou mais sozinha pra mim, pra Belém, né? Antes eu sofria com o orçamento. Não com uma tabela do Square. Com todos os que vendeu mais, que vendeu menos. E ele fala "aqui tá pra você fazer os pedidos". Lá que.

Orador 2
Você.

Orador 1
Pode ver... Aqui você tem que ver o que não pode ficar.

Orador 1
Era fácil. A lei diferente, as coisas diferentes, sabe? E era.

Orador 2
Um negócio que você nunca teve que comprar, ter estoque de comida, estoque de coisas, as.

Orador 1
Vendas, né? Eu nunca fiz isso, eu nunca fiz fotografia toda a.

Orador 2
Minha vida. Você fez o projeto, fez o evento.

Orador 1
Acabou, né? Exato, pagou, acabou. Entreguei as fotos, acabou. Entendeu? Só que aqui é um outro tipo de negócio que eu tô tendo que aprender.

Orador 2
É a curva de aprendizagem.

Orador 2
Exatamente. E é legal que ele tem essa fortaleza que ele pode te ajudar.

Orador 1
Ele é um financeiro ótimo. Nossa mãe, ele tem tudo na cabeça.

Orador 2
E vocês fazem também isso pra casa?

Orador 1
Orçamento pra casa? É, ele já falou. Você não pode gastar mais de 500 dólares sem falar comigo. E aí a gente combina isso, sabe? Então a gente conversa. E ele fala "você usa o cash pra comprar isso e isso e isso. Você usa os cartões pra comprar isso e isso e isso. O cartão de crédito é esse e esse e vai pagar esse tal coisa." É, funciona. Ele é muito bom nisso daí, muito bom.

Orador 2
Você está aprendendo e você vai instalar no seu negócio vai ficar tão mais fácil porque aí é sempre a.

Orador 1
Mesma coisa. Exatamente.

Orador 2
E aí você conta.

Orador 1
Com pessoas metódicas. As pessoas metódicas são desse jeito. São as pessoas que contam. Eu não sou. Eu estou aprendendo assim.

Orador 2
É, mas você tem os seus talentos você pode se concentrar nos seus talentos que é conversar com os clientes.

Orador 1
Assim. Vender. Assim. Isso eu me garanto, exato. Essa parte, é o que ele fala pra mim, ele fala "você faz a parte de marketing, você é boa" tanto é que eu tô fazendo isso até pra empresa dele. Ele tem uma empresa de celulares, de coisas de celulares, né, acessórios pra celulares, e eu tô tentando levantar essa parte da empresa dele, que essa é a minha arte, né? Essa parte de como fazer propaganda, de como fazer... Essa parte artística é mais pra mim.

Orador 2
Conversar com as.

Orador 1
Pessoas, tem gente que é mais.

Orador 2
Convertida e não gosta tanto de fazer essa parte é o seu dom, né?

Orador 1
De conversar com os outros, interagir.

Orador 2
Isso é ótimo, é uma boa parceria assim, né? É a parceria funcional. É, com certeza.

Orador 1
Bom, então vamos.

Orador 2
Supor que você tá pensando assim, pense numa pessoa, eu vou te dar, talvez eu tenho que dar um background. O meu público, eu ensino as mulheres que trabalham fora para se tornarem boas com o dinheiro. E eu acho que não é só aprender com dinheiro. Então eu falo de várias qualidades, vários atributos que essa mulher vai desenvolver para ela ser sempre boa com o dinheiro, mas melhora a vida inteira dela. Eu chamo essa pessoa de mãe executiva financeira. E eu acho você um exemplo dela. Pensa numa mãe, é claro, pensa numa mãe que está passando em uma das... Ou uma mulher que esteja passando por um momento da vida dela tão difícil quanto o seu pior momento financeiro.

Orador 1
Não desistir, nunca Porque tem que levantar a cabeça e continuar. "Ok, eu tô passando por isso, isso vai passar, é só uma época, eu tenho que colocar isso na cabeça. Sabe, tem que colocar, porque às vezes é difícil. É difícil. E às vezes você quer só vender tudo e deixar isso tudo morrer e deixar pra lá. Mas não pode. Tem que continuar.

Orador 2
Não pode se entregar, né?

Orador 1
Não pode se entregar. Pro desânimo... E não é só isso, ele tinha que fazer uma série de testes, né? Pra tristeza, pra falta de dinheiro, que muitas vezes vai vir a falta de dinheiro. Não pode se entregar, tem que dar um jeito. Não pode desistir. Meu, uma vez eu tava tão sem dinheiro, eu precisava de fazer os exames do Abraham. Pro laudo de autismo dele. Era muito caro, Madeline. 3 mil e não sei quanto. E mais as coisas da psicóloga que tinha.

Orador 2
Que pagar.

Orador 1
Eu tava fazendo aqui e eu tive que trabalhar de noite, pegar dinheiro extra porque era uma época que não tava indo bem. Eu ia desistir de tudo? Não! A minha filha, agora eu não quero saber. Mas vamos lá, tenho perna, tenho mão, vou trabalhar. E eu fui fazer limpeza à noite em prédios pra poder ganhar dinheiro. Pra poder fazer isso. Foi por um curto tempo? Foi por um curto tempo, mas eu consegui, entendeu? Lógico. Porque eu queria. Você tem... Então, quando você vai levantar dinheiro.

Orador 2
Você levanta. Esse é um dos motivos muito interessantes que a gente sempre usa quando alguém fala assim "ah, não consigo arrumar dinheiro pra isso, não consigo arrumar 100 dólares pra ir no médico, pra qualquer coisa." Se fosse a gente colocar na vida, né, na realidade, a vida de um filho, a saúde de um filho, a gente sempre.

Orador 1
Tem um jeito. Quando você quer fazer um botox, eu arranjo dinheiro. Vou guardando, porque é caro. Você tem que ir guardando um pouco, um pouco, um pouco, um pouco, aí quando chega a época.

Orador 2
Você acha. O dinheiro já tá ali.

Orador 1
Você não tem que se preocupar. Entende? É assim que funciona.

Orador 2
Você sabe o que eu faço? Eu ensino minhas clientes a fazerem isso. Eu já tô guardando dinheiro para o Natal. Eu guardo todo mês. Eu também fiz isso.

Orador 1
Vem, compro coisas. Antecipado o tempo. Fechou uma loja. Eu já fui lá nessa loja e já comprei várias coisas pequenas. Falei, isso aqui.

Orador 2
Vai ser muito legal.

Orador 1
Porque eu estou salvando dinheiro, né, e tô mantendo, fazendo um desfalque.

Orador 2
Não, aos pouquinhos é.

Orador 1
Muito mais fácil. Exatamente.

Orador 2
Eu faço isso também com o seguro do carro. Cada seis meses. Então todo mês eu separo um pouquinho. Quando a conta vem, não é aquele desespero, não tenho dinheiro pra conta. Exatamente o que você estava ensinando, de fazer as coisas que são importantes. Se você for.

Orador 1
Juntando aos poucos, aos pouquinho.

Orador 2
Aí você paga. Então, Cris, pra gente terminar a nossa entrevista aqui, eu tenho duas perguntas pra você que são assim, de gatilho, tá bom? O que vier na mente, você me fala. Qual foi a coisa mais sem utilidade que você já comprou na vida?

Orador 1
Tantas coisas, mas nem lembro!

Orador 2
Ué, me dá uma das mais.

Orador 1
Absurdas, sem utilidade? É. Não dá uma ideia!

Orador 2
Algum carro que você comprou que era ruim, algum aparelho de cozinha que você nunca usou. Ah, ok. Uma roupa que você comprou pra pagar uma fortuna e nunca usou.

Orador 1
Eu comprei um vestido para o casamento da minha filha que eu odiei e que foi uma fortuna, 100 dólares pra mim foi assim quase morri, mas era a única coisa que tinha porque eu deixei pra última hora. Você ficou com o vestido?

Orador 2
O que que foi? Vestido lindo.

Orador 1
E maravilhoso, mas quando você põe no corpo e não fica. E aquilo? Tive, coloquei um casaco por cima. Ainda por cima nem apareceu. Apareceu só aqui.

Orador 2
A.

Orador 1
Minha máquina de gelo.

Orador 2
Você gosta da sua máquina de gelo?

Orador 1
Eu gostava, agora não gosto mais. Por quê? Mas foi uma época muito boa porque eu tive anemia por um bom tempo. Minha máquina de gelo eu ganhei, na verdade eu não comprei, eu ganhei. De presente da minha filha de Natal. E me saciava, né? A minha ansiedade.

Orador 2
Ai, que boa! Era aqueles gelinhos.

Orador 1
Tipo, pelas? Aqueles gelinhos, pelas.

Orador 2
Adoro aqueles gelinhos! Agora, se você tiver vontade, você pode ir na Sonic e comprar um sacão. É 3 dólares.

Orador 2
Mentira! É verdade.

Orador 1
Mas sabe que isso é porque a gente tem anemia, né? Você já foi olhar? Não. É verdade? Eu curei a minha anemia e nunca mais eu quis.

Orador 2
Que interessante. Eu não sabia disso. Eu fiz um... Eu dei um chá de cozinha pra uma das meninas que trabalhava comigo e ela adorava esse gelo. Ela não podia comer nada, coitadinha. Tinha muito problema no estômago. Ela devia ter anemia também, porque ela adorava aquele gelo. Fiz a pesquisa e achei. No Sonic, 3 dólares o sacão daquele gelinho.

Orador 1
Adoro aquele gelo. É muito gostosinho, também gosto.

Orador 2
E eu já vi pessoas que tem o fazedor de gelo daquele jeito.

Orador 1
É o sonho de consumo.

Orador 2
Que legal, Cris. Muito obrigada por ter passado esse tempinho aqui comigo, com a gente, conversando, contando a sua experiência. O prazer, Madeleine. O que você tem vindo aí? Tem alguma coisa legal? Faz aí uma... Faz um plugue para a sua loja, onde as pessoas podem achar o seu trabalho de fotógrafa, como eles podem marcar com você.

Orador 1
É, eu tenho Instagram. A loja é da fotografia, né, Crazy Angel Photographer. E a loja é Via Brasil.

Orador 2
Eu adiciono aí nos insights do episódio também, pra todo mundo achar.

Orador 1
A Via Brasil agora vai ter a festa junina, dia 17 de junho.

Orador 2
A Luísa tá vindo, ela vai ficar super enxurradinha.

Orador 1
[luísa] É, tô fazendo vários planejamentos aí pra colocar coisas diferentes na festa junina. Vou ver se eu consigo pegar vários vouchers e brindes pra poder sortear pro pessoal. As ideias aí pra fazer.

Orador 2
Que legal. E aí a hora que vocês precisarem do pão de queijo vai lá na Via Brasil.

Orador 1
Pão de queijo, farofa, guaraná, carne seca, mix feijoada, tudo que você pensa? Todos os chocolates.

Orador 2
Ah, aqueles brigadeiros congelados que.

Orador 1
Você tem. Você gostou? Eu amo! Eu amo também!

Orador 2
Porque a maioria dos brigadeiros não é pra falar mal de ninguém não aqui, né? Mas o pessoal tem tudo o brigadeiro que é meio amargo. Eu prefiro o dele docinho.

Orador 1
O.

Orador 2
Docinho! Aquele é docinho! Aquele congelado é docinho. Aquele é meu favorito. Você tira, deixa ele no freezer e depois tira.

Orador 1
Assim 3, 4, 5 minutos. O meu marido gosta de comer até meio congeladinho.

Orador 2
Perto do University Place.

Orador 1
Então.

Orador 2
Tá jóia. Cris, muito obrigada.

Orador 1
Obrigada a você, Madeleine. Você é uma pessoa maravilhosa.

Orador 2
Obrigada, você é muito legal. Então, até semana que vem, no próximo episódio. Até breve e obrigada. 


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