[00:00:00] Intro
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Viva! Seja bem-vinda ou bem-vindo ao Fotografias Organizadas Memórias Preservadas, o podcast que mergulha no mundo da organização e preservação de fotografias nesta era digital e tecnologicamente desafiante. O meu nome é Ana Pratas, sou fotógrafa de famílias, mãe e a criadora da Oficina das Fotografias.
E neste podcast partilho consigo informação, dicas e ideias, para lhe ajudar a transformar o caos das suas fotografias numa coleção organizada, segura e acessível.
[00:00:31] Sobre o episódio
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Neste episódio vou-lhe falar então de uma das plataformas mais utilizadas para armazenar e gerir fotografias e falo obviamente do Google Photos.
E este faz parte de uma série de episódios que pretendo fazer em que em cada um desses episódios vou falar e avaliar uma plataforma ou uma aplicação de gestão de fotografias e vou analisá-la através de sete critérios de avaliação e serão sempre esses mesmos sete critérios em cada um dos episódios.
E os critérios são, então:
o custo,
as funcionalidades, isto é, que funcionalidades é que esse serviço oferece para ajudar na organização das fotografias,
como é que podemos partilhar fotografias através dessa plataforma, quão fácil é partilhar fotografias.
Vou avaliar também a questão da acessibilidade, isto é, tentar perceber o quão fácil ou não é aceder às fotografias usando essa plataforma.
Também vou avaliar a questão da segurança das fotografias e perceber o quão seguras e salvaguardadas estarão as fotografias e os vídeos que lá colocamos.
Também irei avaliar a questão da gestão de metadados e como é que tudo isso é feito e por último irei falar sobre a estratégia de saída, isto é, perceber o quão fácil ou não ou quão complexo é remover todo o conteúdo dessa plataforma e transferi-lo para outra plataforma ou simplesmente para deixar de usar a plataforma.
Mas antes de avançarmos para essa avaliação critério a critério, vou começar obviamente por fazer uma pequena introdução ao photos.google.com e explicar o funcionamento geral desta plataforma.
[00:02:18] Visão geral do Google Photos
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Ora então, o que é que é o Google Photos? Segundo a Google, o Google Photos é o lar das suas memórias. É essa a frase que aparece logo quando acedemos ao site photos.google.com.
E realmente esta é uma plataforma que permite então reunir todas as fotografias dos seus dispositivos num único local, de maneira que fiquem acessíveis de qualquer parte do mundo. E para utilizar, tem de ter obviamente uma conta Google, que para além do Google Photos, lhe vai dar acesso a toda uma panóplia de serviços da Google, como o Gmail, Google Drive, Google Docs, o calendário, então tudo através de uma mesma conta.
Para aceder à sua conta de Google Photos, deve então ao seu navegador da internet ir e colocar photos.google.com para ter acesso então imediato a essa plataforma.
Para ,enviar fotografias e vídeos para o Google Photos pode fazê-lo diretamente então através da web acedendo ao site e fazer o upload das fotografias e vídeos que tenha no seu computador diretamente então do próprio site do Google Photos
Para o smartphone existe, obviamente, uma aplicação, a aplicação de Google Photos, que funciona de uma maneira um pouco particular e que realmente é importante ter atenção a isto.
O principal propósito desta app é fazer a gestão das fotografias que tem no seu telemóvel. Ou seja, em vez de utilizar a aplicação nativa do telefone, no caso do iPhone, por exemplo, a aplicação fotografias, esta vai substituir essa, em termos de gestão.
E, opcionalmente então pode também fazer o envio dessas fotografias,, as fotografias que estão na memória do seu telemóvel, para a plataforma do Google Photos. Isto é, na verdade opcional, mas se vai usar o Google Photos, em princípio vai também fazer esse envio envio das fotografias.
E o que é que eu quero dizer então com com isto de ser opcional e de como é que isto tudo funciona.
Quando instala a aplicação e a abre no seu smartphone, a primeira coisa que aparece é um aviso a dizer que a app, que a aplicação, precisa então de ter acesso total às suas fotografias. E realmente, não dando esse acesso, a aplicação é praticamente inútil. Só dando esse acesso a todas as fotografias do seu telefone é que vai conseguir ver então todas as fotografias na aplicação, ou seja, as fotografias que estão no seu telefone, vai conseguir vê-las através dessa aplicação em conjunto com aquelas que já têm alojadas no Google Photos.
E aqui, então isto é que é importante perceber, é que se eliminar alguma fotografia através da aplicação, essa fotografia vai ser também eliminada do próprio smartphone e aparece um alerta antes disso acontecer.
Para fazer então o envio das fotografias que tem no seu smartphone para o Google Photos é preciso fazer então um passo extra.
Temos que ativar aquilo que eles chamam de Backup and Sync. E ao ativar isto, a aplicação então começa a fazer o envio, o envio das suas fotografias e elas começam a ficar disponíveis na plataforma, na própria plataforma. Isto é, se for se aceder à sua conta de Google Photos através do site photos.google.com aí já as vai conseguir ver através da sua conta.
Uma coisa importante a ter em atenção quando ativa o backup é a definição da qualidade das fotografias.
Se quer que as fotografias sejam enviadas com a melhor qualidade possível, que é aquilo que eu recomendo, tem então de escolher essa opção que diz qualidade original para garantir que a qualidade não é alterada.
E de lembrar que, então, sempre que elimina uma fotografia através da aplicação, não está a eliminá-la apenas na plataforma, mas sim também do smartphone.
[00:06:18] 1 - Custo
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Passemos então à tal análise, através dos tais sete critérios que eu falei, começando então pelo preço.
Na verdade, aqui não estamos a falar apenas do preço do Google Photos, mas sim de todo o serviço da Google, que é o que se chama Google One, que engloba todos os serviços da Google. Ora, neste momento o Google oferece um plano gratuito até um armazenamento de 15 GB.
E assim que atingir esses 15 GB, se quiser continuar a utilizar os seus serviços, deve então fazer o upgrade para um plano pago, que vai desde os 2€ por mês por 100 GB, 3€ por mês por 200 GB e depois são 10€ por mês por 2 TB e por aí fora.
Para o caso específico do Google Photos, o plano pago também lhe permite ter acesso a algumas ferramentas de edição que não estão disponíveis, acessíveis no plano gratuito.
Mas neste aspecto da questão do custo e do preço, não existe muita variança neste tipo de serviços e estes preços são bastante semelhantes com os da concorrência.
[00:07:30] 2- Funcionalidades
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Relativamente então ao segundo ponto de avaliação que são as funcionalidades, aqui o Google Photos é realmente muito bom. E o seu ponto forte é sem dúvida a ferramenta de pesquisa. Esta ferramenta, que recorre a inteligência artificial e consegue encontrar as fotografias com base no conteúdo das fotografias. O que é que eu quero dizer com isto é que se, por exemplo, fizer uma procura com o termo Praia, vão-lhe aparecer então todas as fotografias tiradas na praia ou se procurar por comida vão-lhe então aparecer todas as fotografias com comida. E obviamente que isto não é perfeito e que pode haver um ou outro engano mas não deixa de ser uma ferramenta incrível. E pode também combinar outros termos de pesquisa como locais e datas e encontrar assim as fotografias muito rapidamente, por exemplo, imagine que em agosto de 2019 foi o Algarve de férias, mas só quer ver as fotografias que foram tiradas na praia especificamente.
Então se pesquisar por praia Algarve agosto de 2019, vão-lhe aparecer então todas as fotografias tiradas no Algarve nas praias em agosto de 2019.
Para além disto, no separador explorar, vai ter as suas fotografias auto-organizadas, tendo em conta as pessoas que estão na imagem ou o local onde foram tiradas as fotografias e também tendo em conta o conteúdo das imagens, tem aí as capturas de ecrã, documentos e coisas desse género.
Relativamente ao reconhecimento facial e a esta organização automática por rostos, esta é uma ferramenta, uma funcionalidade que não é automaticamente ativada, mas que pode em princípio ativar nas definições do Google Photos, indo à opção agrupar caras semelhantes.
Mas existem aqui algumas questões relativamente à utilização desta funcionalidade na Europa, porque existem alguns constrangimentos legais devido à lei de proteção de dados.
Na Europa, em princípio, a ativação desta funcionalidade só está disponível através da aplicação para o smartphone. Através da web, indo a photos.google.com, não vai conseguir encontrar a maneira de ativar essa funcionalidade. Mas indo à aplicação, no smartphone, aí sim já lhe vai aparecer a opção de agrupar caras semelhantes e então ,o Google Photos já vai começar a encontrar esses rostos automaticamente.
A segunda limitação é que não existe a possibilidade de editar ou corrigir um rosto. Não é possível manualmente dizer esta cara, este rosto pertence a determinada pessoa ou dizer, Ou corrigir isto é, não se trata desta pessoa mas sim daquela.
A única coisa que é possível fazer é remover determinada fotografia de um álbum que seja automaticamente organizado, ou seja, se tiver esse álbum automático relativamente à cara da Joana, por exemplo, mas encontrar nesse álbum uma pessoa que não é a Joana pode dizer que esta fotografia não se trata da Joana e removê-la desse álbum.
Uma outra limitação é que não existem a funcionalidade dos live albums, isto é que são álbuns dinâmicos que existem noutros países e que são álbuns que são automaticamente populados, com os critérios que nós escolhermos, não é? Por exemplo, que eu queria fotografias em que aparecessem apenas os meus dois filhos, mas que fossem do ano de 2024, então ele automaticamente iria popular esse álbum.
Essa versão, essa funcionalidade não existe.
A questão é que eu também não entendo muito bem como é que limitar... Esta funcionalidade desta maneira, vai proteger a privacidade, não é a segunda lei de proteção de dados. Se a razão pela qual existem estas limitações é essa lei, então a opção de ativar o reconhecimento facial devia estar totalmente bloqueada à Europa.
Queria também falar um pouco sobre a edição das fotografias, pessoalmente eu não acho que isto seja algo fundamental, mas o Google Photos apresenta também algumas ferramentas interessantes, como a aplicação de um fundo desfocado, desfocar o fundo, a eliminação também de elementos que sejam distractivos e que podem ser úteis quando são usados com alguma moderação.
Onde eu acho que o Google Photos deixa um pouco a desejar é na criação de álbuns. Existe a opção de criar álbuns pessoais que pode criar, por exemplo, as fotografias das viagens que faz ou determinadas ocasiões, ocasiões especiais. Mas eu sinto falta de algo mais como a possibilidade de criar coleções de álbuns ou pastas de álbuns o que é útil quando já temos imensos álbuns e queremos organizá-los de uma maneira mais eficiente e mais hierárquica.
[00:12:35] 3 - Partilhar fotografias
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Passando agora então para o terceiro critério que é como é que se partilham as fotografias. Com o Goole Photos, partilhar fotografias ou álbuns é realmente bastante fácil, seja com pessoas que tenham conta Google ou pessoas que não tenham conta Google. Para partilhar, então, com utilizadores Google, basta, por exemplo, se tiver um álbum com várias fotografias que quer partilhar, basta, então, adicionar os endereços de e-mail e essas pessoas são convidadas a aceder a esse álbum e a essas fotografias.
Ou, caso se queira partilhar com alguém que não tenha conta no Google, há, então, a possibilidade de partilhar essas fotografias através de um link. Aqui vai ser gerado um link que é único, através do qual qualquer pessoa que tenha acesso a esse link pode ver e então descarregar as fotografias.
O Google tem agora também aquilo que se chama de Partner Sharing.
E esta é uma forma mais íntima de partilhar, pois permite partilhar a sua biblioteca com apenas uma pessoa, em princípio, que será o seu cônjuge. E neste modo de partilha tem várias opções.
Pode optar por partilhar todas as fotografias da sua biblioteca.
Pode partilhar as fotografias apenas em que uma pessoa específica entre, entre nessas fotografias. Ou então pode partilhar as fotografias a partir de determinada data o que até pode ser relevante e útil para não ter de partilhar com o seu atual cônjuge fotografias que sejam de relações passadas.
Então, quando este modo de partilha está ativo, tem então acesso à biblioteca do seu parceiro ou sua parceira.
No entanto, essas fotografias não contam, obviamente, para a contagem do seu armazenamento. Só se realmente for a determinada fotografia e optar por... Por guardá-la na sua biblioteca, é que a fotografia passa a ser verdadeiramente sua, a ficar verdadeiramente na sua biblioteca e entrar para as contas de armazenamento da sua conta Google.
[00:14:41] 4 - Acessibilidade
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Passando então para o quarto ponto que é a questão da acessibilidade e aqui não há realmente grande coisa a dizer. Através do Google Photos tem acesso às suas fotografias verdadeiramente de qualquer parte do mundo. Isto é, onde quer que esteja, independentemente do dispositivo que estiver a usar, pode ir até ao site photos.google.com Entrar na sua conta e ter acesso então a toda a sua coleção de fotografias e de vídeos.
[00:15:13] 5 - Segurança das suas fotografias
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Falando então do quinto ponto de avaliação que é a questão da segurança das suas fotografias. Aqui o que eu pretendo avaliar é o quão seguras estão as suas fotografias no Google Photos isto é, qual é o risco que corre quando utiliza o Google Photos para as armazenar.
Mas antes de mais, caso use o Google Photos como uma cópia de segurança da sua coleção e a sua coleção realmente exista também num outro local, como no seu computador, num disco ou até mesmo no smartphone, na própria memória do smartphone, aqui o risco de perder as suas fotografias é praticamente nulo e o risco aumenta sem dúvida, não é, caso as suas fotografias vivam apenas na nuvem vivam apenas num único sítio e isto obviamente não se limita ao Google Photos, mas a qualquer serviço de nuvem ou a qualquer dispositivo de armazenamento. Convém sempre ter várias cópias de segurança das suas fotografias.
Mas analisando os termos e condições de utilização dos serviços da Google temos lá escrito que o Google se reserva no direito de suspender ou encerrar o seu acesso aos serviços, ou até excluir a sua conta do Google em algumas situações, em determinadas situações.
E elas são: é se os termos forem violados se existir um requisito legal ou uma ordem judicial do tribunal para o fazer ou se houver suspeitas de que está a usar a conta para causar danos através de hacking ou phishing ou outras formas.
Apesar desta ser uma possibilidade algo remota, a verdade é que existe uma quantidade significativa de testemunhos por essa internet de fora de pessoas que por um motivo ou outro tiveram então o seu acesso à conta impedido e, mesmo que isto aconteça por engano, recuperar a sua conta e todo o seu conteúdo pode demorar algum tempo. Por isso é que é mesmo muito importante não confiar unicamente num serviço de nuvem para guardar as suas fotografias e tê-las verdadeiramente sempre na sua posse também.
[00:17:25] 6 - Gestão de metadados
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Ora agora relativamente aos metadados e como é que o Google Photos faz toda a gestão dos metadados.
Primeiro, uma breve explicação sobre o que são os metadados. Os metadados são os dados e toda a informação que existe sobre aquela fotografia. Dados como aqueles que são dispositivos pelo dispositivo no momento do disparo, como a data, os parâmetros da câmera, as coordenadas GPS e também dados que descrevem a imagem e que fornecem informações sobre a fotografia, desde a descrição, o título, a palavra-chave, quem é que está na imagem...
A informação sobre os direitos de autor e direitos de imagem e muitos outros. Existe já um episódio específico sobre a gestão de metadados, que é o episódio número 3, por isso, caso queira saber mais sobre esta questão, aconselho a que vá ouvir o episódio número 3 sobre metadados.
O que acontece é que os programas e as plataformas mais usados limitam bastante a edição dos metadados e o Google Photos é um bom exemplo disso.
Então, relativamente à informação que nós temos acesso, o Google Photos mostra-nos a descrição, os rostos, os rostos que a plataforma encontra automaticamente se tivermos o reconhecimento facial ativo. Mostra-nos a data, mostra-nos com que câmera, isto é, com que dispositivo é que foi feita a fotografia e o tamanho do ficheiro.
E mostra-nos também o local. Mas destes dados, desta informação, apenas nos é possível editar a descrição, a data e o local. No entanto, o local apenas só é permitido alterar ou adicionar quando não foi já adicionado pela câmara. Se já tiver sido definido pela câmara, já não é possível de ir lá e editar. E a questão é que estas alterações ficam guardadas apenas na plataforma, na base de dados da plataforma e não no próprio ficheiro.
Isto é, o que é que eu quero dizer com isto? Se fizer alguma alteração, como por exemplo corrigir a data em que foi feita a fotografia e descarregar essa fotografia a seguir, retirando-a então do Google Photos, essa alteração não acompanha a fotografia. O ficheiro que está na verdade a descarregar é o original com a data original, o que então me leva para o próximo critério de avaliação que é a tal estratégia de saída.
[00:19:53] 7 - Estratégia de Saída
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E o que é que eu quero dizer com isto de estratégia de saída? É que caso um dia deseje deixar de usar esta plataforma, não é? Qual é que é o processo para recolher então todas as fotografias e vídeos e eventualmente transferi-las para outra plataforma ou para um disco.
Será que o processo é fácil? É isto que eu quero tentar avaliar aqui e no caso do Google Photos a resposta é definitivamente que não. Caso queira deixar de usar o Google Photos e precise recuperar todo o seu conteúdo isso é possível através do serviço que eles têm que é o Takeout e E através desse serviço, aquilo que é possível descarregar é todo o conteúdo, todos os serviços da Google:
desde o Gmail, o Google Drive, etc. Mas aqui vamos nos focar, obviamente, no Google Photos. Ora, então, acedendo a takeout.google.com, eu obviamente vou deixar estes links todos, todos os links que eu vou mencionando, vou deixar nas notas do episódio para que possa lá ir mais tarde. Então, acedendo a takeout.google.com, pode então selecionar de que serviços quer recolher esse conteúdo.
Então, selecionando apenas o Google Photos, aparece logo a opção de selecionar que fotografias e vídeos quer descarregar, isto é, de que anos quer descarregar o seu conteúdo e quais os álbuns. Então, ao selecionar todo o conteúdo, aquilo que vai receber são as fotografias e vídeos distribuídas em pastas por ano. E uma pasta por cada álbum, sendo que estes ficheiros então serão uma cópia, não é?
Estes ficheiros também estão nas tais pastas anuais e são duplicados aqui e organizados por álbuns.
Para fazer então essa transferência de todo esse conteúdo, o que o Google vai fazer é criar links através dos quais vai descarregar o conteúdo através de diferentes ficheiros comprimidos, ficheiros zip que podem ser no mínimo 2 gigabytes por cada um.
Mas existem aqui algumas questões e a primeira é que, primeiro, a geração destes links pode demorar imenso tempo.
Já me aconteceu demorar apenas uns minutos e também já me aconteceu demorar 2, 3, 4, 5 dias. Relativamente aos ficheiros em si, depois de todos os ficheiros serem descarregados, é preciso então descomprimí-los um a um. E as fotografias e vídeos então encontram-se distribuídos nessas pastas que se chamam Take Out 1, Take Out 2, Take Out 3 e por aí fora.
E que por sua vez contém as tais pastas anuais ou pastas de cada álbum.
Por exemplo a pasta take out 1 vai conter algumas fotografias do ano de 2016 algumas fotografias do álbum X mais umas fotografias do ano de 2022 e por aí fora. E não há qualquer sentido em como os ficheiros estão distribuídos por estas pastas de take out. Outra questão é que a acompanhar cada fotografia ou vídeo existe um ficheiro auxiliar, que é um ficheiro JSON, com esta terminação, J-S-O-N.
E neste ficheiro estão contidas todas as edições de metadados feitas no Google Photos. Por exemplo, se fez alguma correção de data de alguma fotografia, essa alteração está neste tal ficheiro auxiliar e não está embebido na própria fotografia. A fotografia em si, o ficheiro da fotografia, é o original que foi enviado para a plataforma.
Acontece que a informação que está neste ficheiro auxiliar, neste ficheiro JSON, não é facilmente acessível e existem maneiras de transferir essa informação, de copiar o que está nesse ficheiro para os ficheiros originais, recorrendo a softwares externos e aqui aquilo que eu recomendo é o metadata fixer, também vou deixar o link nas notas do episódio. Caso se tenha feito bastantes alterações de data e de local, por exemplo, adicionar descrições, aí sim, pode ser importante utilizar um software como este.
O que este software vai fazer é ler os dados que estão no tal ficheiro auxiliar e embeber nos metadados do ficheiro original. Por tudo isto que eu falei aqui é muito importante perceber como é que estes processos de recuperação de conteúdo funcionam e quando se vai investir tempo na organização das fotografias em determinada plataforma, isto é importante, é uma das coisas para mim mais importantes de perceber como é que funciona
[00:24:35] Pontos mais importantes
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Ora então em modo de conclusão e após esta exaustiva avaliação à plataforma de Google Photos, o que é mais importante reter?
Primeiro, pontos positivos. O Google Photos é uma plataforma muito fácil de utilizar e que tem funcionalidades muito boas, principalmente a ferramenta de pesquisa e também a maneira como partilhamos as fotografias, que é muito fácil de fazer.
Pontos menos positivos e que é importante ter em conta é a tal questão da gestão dos metadados e de toda a informação que podemos inserir e alterar nas fotografias. Perceber que essa informação não é automaticamente embebida no próprio ficheiro isto é, quando vamos descarregar as fotografias as fotografias que vão ser descarregadas são as originais que foram enviadas para o Google Photos. E isso faz com que possa ser complicado ou complexo de retirar as fotografias e todo esse trabalho de organização que possa ter sido investido.
E caso deseje deixar de utilizar o Google Photos, o processo de retirar todo o conteúdo não é um processo fácil.
No entanto, o mais importante de tudo a reter é que, para além do Google Photos, é que guarde as suas fotografias, obviamente, num outro local, como num disco ou no seu computador. E só assim é que as suas fotografias estão verdadeiramente seguras.
Eu espero que tenha gostado deste episódio e que lhe tenha sido útil para perceber como é que o Google Photos funciona e como é que o pode utilizar e tirar o maior proveito dele.
Caso tenha perguntas, dúvidas relativamente a este episódio ou até sugestões para os próximos episódios, pode conversar comigo diretamente por mensagem privada no Instagram ou no Facebook em OficinaDasFotografias ou se preferir também me pode enviar um e-mail info@oficinadasfotografias.com
